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Principais fatores que influenciam na estabilidade de encostas e taludes

A instabilidade de encostas é um assunto sério no Brasil, demonstrado pelos inúmeros deslizamentos de terra que ocorrem pelo país no período de chuvas, e é agravada principalmente pela presença de água. Neste post, além desse item estão listados outros fatores que contribuem para a ocorrência dos deslizamentos e os mecanismos envolvendo cada um.


Deslizamento de terra ocorrido em área com ocupação urbana.
Créditos da imagem: Eco Ambientale Soluções Ambientais.

Antes de ver cada um deles, veja a imagem abaixo com os principais termos usados ao longo do texto:


Desenho ilustrativo do corpo de um talude genárico
Créditos da imagem: Arquivo pessoal da autora.
  • Presença de água na encosta ou talude

A água é na maioria das vezes o estopim para a ocorrência de um deslizamento de terra, motivo este pelo qual eles acontecem geralmente quando está chovendo, ou logo após as chuvas. Isso por que o maciço de solo começa a perder resistência conforme aumenta a quantidade de água nele, o que faz com que ele perca coesão e tenha um aumento da pressão de água.


Além da chuva, fatores como drenagem ineficiente, vazamentos em tubulações, despejo de esgoto na encosta e até a presença de fossas e sumidouros fazem com que aumente a instabilidade local.


  • Inclinação do talude

Quanto mais inclinado for o talude, mais fácil se dará a ocorrência de um deslizamento ou a queda de barreiras.


Quando se trata de encostas naturais, elas sempre possuem uma inclinação que, caso não haja nenhum outro fator instabilizante, mantém o maciço de solo estável. Mas, quando são feitos cortes no solo para construir algum empreendimento, a inclinação desse talude construído deve ser dimensionada de tal forma que ele não fique instável. Olhe um exemplo na imagem abaixo:


Um talude com cortes realizados ao longo de sua extensão.
Créditos da Imagem: Vertical Green do Brasil
  • Cortes no pé do talude

Cortar o pé do talude (natural ou não) sem pensar em uma estrutura de contenção é perigosíssimo!

Quando isso é feito a geometria do maciço de solo é desconfigurada, onde muitas vezes a ruptura ocorre em pouco tempo após o corte. Para evitar este sinistro é preciso analisar a estabilidade do talude após o corte antes de fazer o corte, e posteriormente construir uma estrutura de contenção conforme a necessidade do local, como um muro de gravidade, por exemplo.


  • Adição de cargas na crista e no corpo do talude

Adicionar carga tanto na crista quanto ao longo do corpo do talude também é um dos principais fatores que prejudicam a estabilidade do mesmo.


Essas cargas podem ser construções como casas, edifícios, caixas d'água, estradas, aterros, dutos e até mesmo as estruturas de contenções. Os movimentos de massa ocorrem mediante a ação da gravidade e tudo o que adicionar mais "peso" no talude vai contribuir para uma possível ruptura.


E então, conseguiu visualizar essas situações na prática?


Se você se interessa por esse assunto, eu falo mais sobre Estabilidade de Encostas e Taludes através do Instagram. Você pode acessá-lo por este link.

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